Desenvolvimento com Sustentabilidade é tema da Semana do Meio Ambiente do RS

A abertura da Semana Estadual do Meio Ambiente do Estado ocorre nesta terça-feira, 31, às 18h, no salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. 
 
 
Tendo o Desenvolvimento com Sustentabilidade como tema principal, o evento foi construído a partir de uma ampla articulação política do Governo do Estado, liderada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), em transversalidade com órgãos estatais e pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, por meio da Comissão de Saúde e Meio Ambiente. 
 
Além disso, conta com a participação de setores parceiros na construção de um projeto de desenvolvimento sustentável para o Rio Grande do Sul.

Para a secretária estadual do Meio Ambiente, Jussara Cony, a semana vai "dinamizar ações, diretas e indiretas, com o sentido da integração entre a realidade que vive o mundo sobre a questão ambiental e a necessidade de transformá-la, a partir de novos conceitos, novas formas de participação, de educação ambiental, de conscientização dos gestores, dos empreendedores públicos e privados e dos consumidores". 
 
Além disso, ela explica que esse é um desafio para que o Rio Grande do Sul seja indutor para um projeto nacional de desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Para conferir a programação completa, acesse o site www.sema.rs.gov.br

Como organizar eventos de negócios

















Organizar um evento de negócios é algo muito mais simples do que possa parecer, no entanto, requer critérios básicos a serem estudados e anotados para ser colocados em prática, garantindo o sucesso, o bem-estar e a satisfação tanto de quem organiza, quanto de quem é convidado. Até mesmo para organizar uma pequena reunião de negócios é preciso cuidados especiais para que ela seja bem sucedida, do começo ao final.

Dicas importantes para quem organiza um evento profissional


O planejamento de um evento é fundamental. Tudo aquilo que é anotado, pesquisado, analisado e seguido com critérios tem quase 100% de chance de acertos e uma pequena margem de erros e imprevistos. Toda recepção, convenção, seminário, encontro, reunião ou palestra deve ser planejada para ser bem sucedida como se fosse a apresentação de um verdadeiro espetáculo.

O planejamento envolve:

- as pessoas que você pretende reunir
- o tempo para conclusão do tema proposto
- as comidas e bebidas que pretende oferecer
- o ambiente onde irá recebê-las

Para recepcionar, pense nos itens abaixo:

Objetivo:

Qual o objetivo da reunião, recepção, encontro ou festa?

Convidados:
Convide apenas as pessoas que compartilhem dos objetivos do evento, pessoas que tenham algo em comum e interesse pelo encontro, palestra ou recepção.

Número de convidados:
Nunca convide um número de pessoas superior ao espaço físico que você dispõe. Nada mais desagradável do que pessoas empilhadas, espremidas ou aglomeradas numa sala de convenções ou reuniões por falta de espaço. Já num auditório onde o número de cadeiras é bem maior do que o número de participantes, dá a sensação de vazio, de desinteresse por aqueles que, eventualmente, não compareceram ao evento, como também de mal-estar ao palestrante. O número de toaletes também deve ser proporcional à quantidade de pessoas convidadas para que não haja filas enormes, tumulto ou aglomerações nos intervalos programados ou na saída dos participantes. Também é imprescindível a presença de um funcionário para cuidar da limpeza e da conservação dos banheiros.

Se o evento for uma festa ou jantar para muitas pessoas, escolha um lugar que proporcione flexibilidade para incluir mais mesas caso necessário e saiba que nesses eventos de relacionamento, cerca de 60% a 70% dos convidados comparecem no evento. Portanto convidar algumas pessoas a mais pode garantir que seu evento não seja um fiasco.

Tipo de Reunião:

A reunião é formal ou informal? Existe um protocolo a ser seguido? Quem presidirá a reunião? Quem são os palestrantes, sócios, diretores e presidentes envolvidos? Quem irá falar e quem irá presidir a mesa?

Serviços:
A reunião pede um serviço que permite aos convidados que se sirvam ou há a necessidade de profissionais, como garçons e copeiras, para servir os participante do evento?

Cardápio:
Pense ns comidas e nas bebidas a serem servidas, sejam no começo, no intervalo ou no final do evento. Nem sempre é proporcionado um coquetel ou uma mesa farta para suprir o gosto ou o paladar de todos, no entanto, água e café é o mínimo que podemos oferecer. Você deve considerar o dia e horário do evento, se forem reuniões noturnas é interessante ter um jantar ou petiscos mais consistentes.

Recursos:

Pense nos recursos materiais e humanos. Conte com o apoio de um especialista ou de uma empresa bem conceituada do ramo de Festas e Eventos que assumam o compromisso de elaborar, com cuidado e certos critérios, desde a decoração até a instalação e o manuseio de aparelhos.

Local:
Auditório? Sala de treinamento? Sala de reuniões? Sala de convenções? Dentro ou fora da empresa? Restaurante? Salão de festas?

Tempo:
Você deve limitar o tempo do evento. É melhor prever um pequeno atraso no começo, garantindo a chegada daqueles que não se preocupam muito com pontualidade. Procure não extrapolar no término do evento por não tê-lo programado com precisão. Lembre-se: tempo é dinheiro! 
Nem todas as pessoas estão predispostas a atrasos e muitas costumam se programar para vários compromissos no mesmo dia. O trânsito e a distância são pontos a serem observados. Dica: música ambiente antes e nos intervalos do evento ajudam a criar um clima agradável, relaxando e acalmando a platéia e os convidados. A música deve ser instrumental e o som não pode ser muito alto para não agredir os ouvidos nem atrapalhar a conversa das pessoas. Não deixe relógios à mostra, você não deve deixar seus convidados preocupados com o horário.

Custo:
Não gaste além do orçamento previsto. Pesquise, pechinche! Tenha bom gosto e sabedoria na arte de receber bem as pessoas, proporcionando-lhes conforto e satisfação.

Regras Básicas

Adequação
Chá, café, almoço, jantar, churrasco...
Apetrechos adequados para um evento:
- aparelho de som
- microfone
- ar-condicionado
- data show
Seja qual for o material a ser usado, quem se encarrega em elaborar um evento deve testá-los com antecedência evitando, assim, constrangimentos e aborrecimentos. E não esqueça de testar as apresentações no datashow, pois ee pode não reconhecer o arquivo ou ter algum problema na execusão.

A importância dos convidados

Todos os convidados de um evento merecem um único tratamento: carinho, afetividade e carisma. Recepcione-os dando boas-vindas, além de agradecer a presença de cada um. Encaminhe-os para o salão ou auditório onde vai ocorrer o evento, faça as apresentações e tente enturmar os mais tímidos ou desacompanhados. Permaneça por algum tempo nesta tarefa; 30 minutos é tempo suficiente para a receptividade. 
Caso tenha que fiscalizar ou circular entre os convidados, encarregue alguém de fazer a recepção mas, mesmo assim, não se disperse e esteja atento à porta de entrada. Lembre-se de que a primeira impressão é a que fica e o convidado deve ser recepcionado com entusiasmo e um sorriso nos lábios. Nada mais constrangedor do que comparecer a um evento e não ter alguém para fazer a recepção ou pior, ser mal recebido! Ao final do evento, não se esqueça de, mais uma vez, agradecer a presença dos convidados, sem a necessidade de desculpar-se. 
Aliás, o pedido de desculpas só é válido se realmente ocorreu algum incidente que possa ter comprometido o evento. Caso haja algum material a ser distribuído como pasta, caneta, bloco de anotações, brinde ou apostila, eles devem ser entregues no final do evento para que os convidados não tenham que segurar os presentes durante o evento, com exceção dos materiais que serão úteis a palestra ou reunião.

Bom senso
Na hora da dúvida, o que fazer ou como agir? Seja educado, carismático, otimista e seguro de si. O verdadeiro anfitrião é aquela pessoa que agrada e encanta, proporcionando bem-estar aos convidados.

Criatividade e toque pessoal
Tenha bom gosto e ouse na criatividade, sem vulgaridade e exageros.

Flexibilidade

Mantenha o sorriso, a disposição, muito carisma e uma excelente postura.

Bom humor
Constante!


Autor: Lívio Callado
Fonte: Catho.com.br

Conselho Brasileiro de Construção Sustentável recomenda cautela no uso de materiais refletivos nas coberturas

Comitê Técnico de Materiais divulgou nota oficial com o posicionamento da entidade sobre o tema. Confira na íntegra
Da Redação


Posicionamento Sobre Tetos Frios - Considerações sobre o tema

 
A radiação solar tem papel importante na elevação da temperatura de casas e edifícios. Em uma casa térrea, a maior parte da carga térmica vem do telhado.

A literatura mostra que o uso de materiais "frios", capazes de refletir parte significativa da radiação incidente em telhados, fachadas e pavimentos em climas quentes, é uma alternativa para melhorar o conforto térmico nas edificações e diminuir o consumo de energia para condicionamento de ambientes. Adotá-lo em escala urbana, pode minimizar a ilha de calor das cidades, aumentando o conforto no ambiente externo e reduzindo conjuntamente a demanda de energia para condicionamento térmico. 
 
O uso de vegetação em telhados, fachadas e ruas, pelo efeito de sombreamento e evapotranspiração tem o mesmo potencial de reduzir a carga térmica dos edifícios e as ilhas de calor, além de reter a água de chuva, colaborando para a redução de enchentes, e para aumentar a biodiversidade. Outros produtos como telhas metálicas não pintadas (alumínio ou galvanizadas) apresentam boa refletância. Películas com barreiras de radiação colocadas sob telhados convencionais, bem como isolantes térmicos e dispositivos de sombreamento, também reduzem o ganho térmico dos edifícios, embora não tragam benefícios urbanos.

Como o olho humano enxerga uma pequena faixa do espectro da radiação, é possível alterar significativamente a refletância sem modificar a cor, alterando apenas a capacidade de refletir radiação na faixa infravermelho. Estas tecnologias, disponíveis comercialmente, inclusive no Brasil, tornaram possível a fabricação de materiais "frios" em cores médias que refletem radiação na faixa do infravermelho.

Assim, é possível garantir ganhos de conforto térmico e redução do consumo de energia sem a necessidade de utilizar cor branca ou clara, inclusive através de uso de arborização urbana e cobertura verde. Além de desnecessária, a especificação de qualquer cor ignora necessidades estéticas, culturais e de funcionalidade, podendo descaracterizar conjuntos históricos. A utilização da cor branca ou clara de forma generalizada pode trazer problemas funcionais para o ambiente construído, pois a excessiva reflexão de luz pode causar ofuscamento e desconforto visual para ocupantes de edifícios vizinhos.

O principal problema desses materiais é a sua durabilidade. A exposição do material, particularmente em superfícies quase horizontais, provoca degradação do desempenho, tanto pela deposição de sujeira quanto pela colonização superficial por micro-organismos. A velocidade de degradação varia significativamente de acordo com as propriedades da película e do material de substrato. Tintas convencionais empregadas em telhados perderão rapidamente suas capacidades reflexivas quando expostas ao clima brasileiro, posto que o fazem em curto espaço de tempo em fachadas. Neste processo, os biocidas necessários à formulação da tinta são lixiviados pela chuva. A reposição frequente aumenta os impactos ambientais, reduzindo os benefícios. 
 
Por esta razão organismos certificadores como "Cool Roof Council" norte-americano somente certifica produtos cujo desempenho tenha sido avaliado por três anos de envelhecimento natural, em condições climáticas da região de interesse. Soluções com durabilidade provada em outros climas não necessariamente apresentarão durabilidade adequada no Brasil, pois o clima é o principal fator na colonização por fungos e outros microrganismos com pigmentos escuros. No país não dispomos de referenciais similares

Além disso, telhados apenas se mantêm reflexivos se periodicamente submetidos à limpeza com água e escovação. Para isto, é necessário garantir acesso fácil e seguro aos telhados, além de pontos de abastecimento de água, bem como soluções de baixo consumo de água. Diferentemente de outros países, no Brasil a quase totalidade dos telhados é inclinada, com risco de escorregamento, e não dispõe de acesso adequado. 
A maioria das telhas, como de cerâmica e fibrocimento, podem quebrar sob o peso de uma pessoa caminhado, exigindo estruturas adicionais para o caminhamento seguro no telhado. Esses aspectos tornam operações de limpeza e manutenção mais difíceis e arriscadas, reduzindo assim a efetividade da solução. Em situações onde o acesso e a limpeza do teto são difíceis, o emprego de isolamento térmico e barreira de radiação, ou até mesmo a adoção de solução como ventilação natural ou mecânica, sombreamento por vegetação ou dispositivos físicos, podem ser as mais adequadas.

Finalmente, o tema ainda é objeto de muitas pesquisas, inclusive sobre a metodologia de avaliação de desempenho do material.

Conclusão

Recomendamos que o uso de toda e qualquer solução que possa reduzir a carga térmica e combater as ilhas de calor - telhados frios, tetos verdes e isolamento térmico de telhado, arborização urbana, pavimentos frios, etc. - seja promovido no mercado brasileiro por seus reais benefícios. Simultaneamente, é necessária a realização de pesquisas sistemáticas, inclusive sobre a durabilidade nos diferentes climas. 
Estes estudos devem ser capazes de gerar normalização técnica que proteja a sociedade com soluções adequadas, seja pelo desempenho inicial, pela durabilidade, pela redução do impacto ambiental durante o seu ciclo de vida, entre outros aspectos.

No atual estágio do conhecimento, e considerando a experiência internacional e brasileira, o CBCS - Conselho Brasileiro da Construção Sustentável recomenda que antes de qualquer política pública que vise tornar obrigatória, tanto para edifícios novos como existentes, seja feita uma análise das alternativas técnicas disponíveis para telhados que possam reduzir os efeitos de ilhas de calor. Soluções precipitadas podem causar prejuízos ambientais e econômicos para a cidade e sua população.

Por outro lado, políticas públicas visando à promoção da arborização urbana podem trazer enormes benefícios no curto e longo prazo.

Fonte: www.piniweb.com.br

Ong cria centro de aprendizagem para energias renováveis

Paraná poderá ser o primeiro estado sustentável do mundo

por Redação EcoD*

 
Foto -Baby Dinosaur

Capital do Paraná deve ser beneficiada pelo programa piloto da ONU
 
Um programa piloto de sustentabilidade apresentado pelo Programa de Cidades doPacto Global da ONU pode fazer do estado do Paraná o primeiro a ser totalmente sustentável.

Em reunião na segunda-feira, 16 de maio, o governador Beto Richa recebeu da diretora do Pacto Global, Elizabeth Ryan, e do secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano, Cezar Silvestri, o programa que prevê a criação de uma rede multisetorial para o desenvolvimento sustentável no Paraná.

Para a diretora Elisabeth, o programa que pretende reunir todas as instâncias públicas e privadas, entidades civis e órgão nacionais e internacionais de financiamento, pode tornar o estado referência mundial em sustentabilidade.

“Apresentamos ao governador o Programa de Cidades Sustentáveis, que está sendo desenvolvido em cidades de alguns países, juntamente com a proposta de fazermos do Paraná o primeiro estado sustentável do mundo. Esse projeto foi muito bem recebido pelo governador”, afirmou o secretário de estado, Cezar Silvestri.

O Programa de Cidades Sustentáveis busca, entre outros objetivos, integrar e mobilizar a sociedade em prol da participação nas discussões da agenda pública e qualificar as informações para ajudar nas decisões e na procura por recursos que contribuam para as necessidades sustentáveis da cidade/estado.

Início dos trabalhos

Na discussão com o governador, os especialistas em gestão estratégica para sustentabilidade da Companhia Paranaense de Energia (Copel) Eduardo Manoel Araújo e Rosane de Souza estiveram presentes e concluíram como deve ser feito o processo no estado. Duas cidades do Paraná, segundo Silvestri, já estão sendo modificadas pelo programa.

“A intenção é de estender o programa a todas as demais cidades paranaenses. Contamos também com a participação de uma técnica da ONU, pois a instituição tem maior interesse que tenhamos um estado inteiro desenvolvendo o Cidades Sustentáveis”, explicou o secretário.

*Publicado originalmente no EcoD.

Prêmio Bunge recebe indicações até 30 de maio



Universidades e instituições de pesquisa podem indicar trabalhos nas áreas de oceanografia e defesa sanitária animal e vegetal
 
Agência FAPESP – Termina em 30 de maio o prazo para as instituições, centros de pesquisas e universidades indicarem trabalhos nas áreas de oceanografia e defesa sanitária animal e vegetal para a 56ª edição do Prêmio Fundação Bunge. Os premiados serão anunciados em julho.

O prêmio contemplará trabalhos nas categorias: “Vida e Obra”, que premia pesquisas já consolidadas de profissionais de renome, e a categoria “Juventude”, que reconhece o trabalho de jovens (de até 35 anos) cujos estudos representem um novo paradigma.

O prêmio tem como objetivo incentivar o desenvolvimento de pesquisas de vanguarda em várias áreas do conhecimento. Por regra, os profissionais contemplados são indicados por instituições acadêmicas, entidades de pesquisa e organizações culturais.

O prêmio é considerado um dos mais importantes estímulos à produção intelectual por reconhecer o trabalho de personalidades que contribuem para o desenvolvimento do país e estimular jovens talentos.

O premiado na categoria “Vida e Obra” receberá uma medalha de ouro, um pergaminho e um prêmio de R$ 100 mil. Já o ganhador na categoria “Juventude” receberá medalha de prata, um pergaminho e um prêmio no valor de R$ 40 mil.

Em setembro, como ação de divulgação do prêmio, ocorrerá um seminário internacional sobre as duas categorias da premiação, em parceria com a FAPESP.

Mais informações: www.fundacaobunge.org.br

Murilo Ferreira assume a presidência da Vale defendendo maior diálogo e preocupado com a Sustentabilidade



Por Sônia Araripe, Editora de Plurale em site e Plurale em revista




Fotos de Luciana Tancredo/ Divulgação, Vale

Crescimento, diálogo e sustentabilidade. Estes são, na visão do próprio novo diretor-presidente da Vale, o mineiro Murilo Ferreira, os pontos fortes do seu estilo de liderança. 
Com a experiência de quem já ocupou outros cargos relevantes na estrutura do grupo - presidente da Albrás, diretor da área de Alumínio e presidente da Inco (no Canadá) - o executivo de 57 anos assumiu hoje, oficialmente, o comando de uma dos maiores mineradoras não só do Brasil, mas a nível global.

"Relacionamento com os stakeholders é muito importante", disse o novo diretor-presidente, ocupante agora do lugar antes de Roger Agnelli. O executivo paulista - egresso do Bradesco, estava na direção desde a privatização da empresa, ocorrida há 14 anos, e apesar de ser reconhecido pelo mercado por ter transformado a empresa em uma das mais lucrativas e fortes mineradoras do mundo, sofreu um desgaste intenso nos últimos tempos com o governo, acionistas e outros grupos. Mais cedo, Roger se despediu da funçao reunindo, em um café da manhã, assessores, executivos, a família e alguns jornalistas.

Ferreira confirmou a atual Diretoria-Executiva, indicando ainda a engenheira Vânia Somavilla, que ocupava o cargo de Diretora de Sustentabilidade e, antes de Energia, para o cargo de Diretora-Executiva de Gestão de Pessoas e Serviços Compartilhados. Vânia assume a vaga de Carla Grasso, a única da equipe de Roger Agnelli que não foi mantida. O novo diretor-presidente disse que encaminhará ao Conselho de Administração, na próxima segunda-feira, um pedido de recondução dos Diretores-Executivos da companhia e de confirmação de Vânia para o cargo.

O relacionamento com o Governo, comunidades, empregados, imprensa e a sociedade será, segundo Ferreira, "sempre aberto e ainda mais valorizado". E fez questão de mostrar uma característica de seu temperamento: a busca pelo consenso, sempre pronto para dialogar e ouvir. "Os amigos me chamam aqui na empresa de Murilo-san", brincou Ferreira, ao explicar que o consideram quase um japonês.

Sobre sua maneira de administrar, respondendo à pergunta de Plurale em site, resumiu: "Tenho grande entusiasmo pela palavra crescimento. A Vale tem vocação para crescer. Continuar a ter um bom relacionamento com todos os nossos colaboradores será minha outra prioridade. Tenho ideia fixa em relação a isso."

Antes, o executivo trabalhou por cerca de 11 anos na Vale, tendo ocupado vários cargos relevantes. Infartou, desgastou-se na administração de Agnelli e acabou pedindo demissão. Perguntado porque saiu naquela época e agora está aceitando voltar, Ferreira explicou que "lá era o fim de um ciclo e agora é o início de outro. Não sou uma pessoa intempestiva. Não sairia por divergências."

Acompanhado do presidente do Conselho de Administração da Vale, Ricardo Flores, e de representante da trading japonesa Mitsui (também acionista), Oscar Camargo, Murilo Ferreira fez questão de elogiar, logo no início da coletiva Agnelli. "Gostaria de manifestar aqui o meu enorme respeito por Roger Agnelli, com quem tive a honra de trabalhar. Ele foi de uma intensa dedicação à empresa", afirmou. Ferreira esteve, o tempo todo, acompanhado de sua Diretoria-Executiva, sentada na primeira fila do auditório da sede da mineradora.

Belo Monte e siderurgia - Ricardo Flores confirmou que o planejamento estratégico e os investimentos da Vale , de U$ 24 bilhões, estão mantidos. "Nada muda neste sentido", disse, frisando que a meta é agregar cada vez mais valor para a companhia. Ele também destacou o compromisso da Vale de participar do desenvolvimento do país. Flores assegurou que a Vale "continuará a trilhar o caminho do sucesso" e que os acionistas continuarão tendo "bons dividendos". Segundo o presidente do Conselho de Administração, a Vale respeitará cada vez mais o trabalho da empresa no Brasil e no exterior, além das comunidades onde atua.

Os jornalistas questionaram se não haverá maior influência política, do governo, na companhia. "A Vale é uma empresa privada", frisou Flores. No entanto, o tempo todo da coletiva ficou claro que as palavras-chave agora da nova gestão serão a busca do consenso e do diálogo.

O novo diretor-presidente da mineradora anunciou ainda que irá procurar prestigiar a indústria nacional sempre que puder. “Eu acho que as coisas [buscar lucros e desenvolver o País] não são incompatíveis. Ao optar por adquirir bens no País, a empresa estará gerando empregos e impostos”, afirmou. “Existem situações e situações, mas essas (comprar bens e serviços fora do Brasil) são exceções”. Na gestão de Agnelli, a empresa fez compra de navios de grande porte fora do Brasil, o que teria ajudado a desgastar ainda mais o relacionamento do executivo com o então presidente Lula.

Sobre o recente investimento na usina de Belo Monte - a Vale entrou no lugar do grupo Bertin - o diretor-presidente da mineradora disse que chegou a acompanhar a análise do relatório técnico elaborado pelos especialistas e que considera este um investimento bastante relevante. "Os estudos técnicos indicaram que a Vale deveria entrar. A Vale precisa de energia para o seu crescimento e a pior coisa seria não ter a certeza desta disponibilidade", afirmou, respondendo à pergunta de Plurale em site.

Os investimentos em Siderurgia também serão mantidos, assegurou o executivo, citando projetos no Pará e Ceará. "Fazem sentido para a Vale e é extremamente importante para a empresa que o Brasil tenha um parque siderúrgico", explicou.

Falou aos funcionários, revelando que a sua meta é transformar a Vale em uma das melhores empresas para se trabalhar no Brasil em termos de clima - "foi assim por oito anos quando estive à frente da Albrás". E também para as comunidades próximas de instalações e projetos do grupo. "Estaremos sempre abertos ao diálogo."

Com mais de 30 anos de experiência no setor de mineração, Murilo Ferreira ingressou na Vale em 1998 como Diretor da Vale do Rio Doce Alumínio - Aluvale, atuando em diversos cargos executivos até sua saída em 2008, quando atuava como Presidente da Vale Inco (atual Vale Canadá) e Diretor Executivo de Níquel e Comercialização de Metais Base da Vale.

Fonte: www.plurare.com.br

Virada Sustentável promete mais de 300 atrações em SP

São Paulo - Os organizadores da 1ª Virada Sustentável de São Paulo - uma espécie de Virada Cultural com temas ligados ao meio ambiente e qualidade de vida - anunciaram que o evento previsto para os dias 4 e 5 de junho terá mais de 300 atrações, em 60 locais diferentes da capital paulista.
Entre eles estão sete parques, museus, estações de metrô, shoppings, cinemas, livrarias, além de outros pontos, como a Pinacoteca do Estado, o Mercado Municipal e a Estação Ciência.
 
No sábado, dia 4, a programação acontecerá das 8h até meia-noite, e domingo (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, das 8h às 20h. Todas as atrações serão gratuitas. A abertura será nos parques, entre eles o Ibirapuera, o Villa-Lobos e o da Água Branca, com sessões de meditação e ioga, a partir das 8h de sábado.
 
"A Virada Sustentável será uma reunião de atrações com conteúdo ligado a temas da sustentabilidade", disse o jornalista André Palhano, organizador do evento. "A ideia é levar essas informações para a população de um jeito agradável, não pela restrição, dizendo ''isso pode ou isso não pode''", explica.
 
Ao contrário da Virada Cultural, a Virada Sustentável não vai se estender pela madrugada. Segundo Palhano, a organização decidiu recusar a proposta de uma "balada sustentável". Foi vetado inclusive o patrocínio de empresas de bebidas alcoólicas e tabaco. O nome "Virada", porém, foi mantido porque virou sinônimo de atividades culturais gratuitas e de qualidade na cidade, explica Palhano. "Também dá a ideia de virada de cabeça, de postura", acrescenta.
 
A expectativa é de que 2 milhões de pessoas participem do evento, que terá exposições, mostras de filmes, oficinas educativas, teatro infantil e palestras. Essa expectativa de público leva em conta as pessoas que devem ter contato com a Virada em locais movimentados, como o Parque Ibirapuera e algumas estações de metrô. Uma das empresas apoiadora da Virada pretende fazer um inventário de gases causadores do efeito estufa emitidos durante a maratona, levando em conta o público, o consumo de água e energia e a utilização dos transportes. Em seguida, a empresa promete plantar de 4 mil a 6 mil árvores para neutralizar a emissão de gás carbônico.
 
Programação
 
Entre os destaques da programação estão o circuito popular de corrida de rua no Parque Ecológico do Tietê; a instalação "Urban Trash Art", com lixo reciclado, no Museu da Imagem e do Som (MIS); uma mostra de cinema com filmes engajados, no Instituto Goethe; a exposição "Somos Terra" com jogos e peças interativas sobre a natureza, no Parque Ibirapuera; uma palestra sobre bioconstrução na Universidade de São Paulo (USP); a feira de troca de livros, CDs, roupas e brinquedos na Rua Fidalga, na Vila Madalena; além de várias peças de teatro infantil e oficinas que ensinam o cultivo de hortas, artesanato e reciclagem.
 
A escola de samba paulistana Leandro de Itaquera também vai aproveitar a Virada para lançar seu enredo do carnaval 2012, cujo tema será o meio ambiente. A escola vai se apresentar no Parque Villa-Lobos, no domingo. A programação completa, com detalhes de horários e locais, estará disponível no site na internet www.viradasustentavel.com a partir de segunda-feira.
 
Na apresentação à imprensa hoje, a organização não tinha uma estimativa do custo do evento. Segundo Palhano, cerca de 10% foi bancado por empresas patrocinadoras, e a maior parte foi financiada pelas próprias organizações responsáveis pelas atrações, entre elas organizações não governamentais (ONGs) como Greenpeace, SOS Mata Atlântica, Instituto Akatu, Rede Nossa São Paulo, WWF Brasil e outras. A Prefeitura de São Paulo e o governo estadual dão apoio institucional à Virada Sustentável, cedendo espaços públicos. "Não gastamos um centavo de dinheiro público", afirmou Palhano.
Fonte: O Estadão

MERCADO DO BECO AGORA É MENSAL!

Telhados brancos: uma solução contra aquecimento e consumo de energia

Cidade de São Paulo e o estado do Rio de Janeiro analisam aprovação de legislação sobre uso de telhados brancos nas habitações. Alternativa é defendida para reduzir emissões de gases de efeito estufa e diminuir consumo de eletricidade
 

Telhados brancos: garantia de economia
de energia, menos emissão e conforto
ambiental
Danilo Oliveira, para o Procel Info

Uma solução que ainda enfrenta resistência para aprovação, mas que tem recebido incentivos no Brasil. A utilização dos chamados telhados brancos como forma de reduzir as emissões de gases poluentes e o consumo de energia elétrica tem sido estimulada por projetos de lei em todo o país. Para minimizar a polêmica, o Conselho Brasileiro da Construção Sustentável está elaborando um posicionamento sobre tetos frios, que deve ser lançado em breve.

Em alguns estados, como São Paulo, existe um projeto que prevê a obrigatoriedade do uso desse tipo de medida. O PL 615/2009, do vereador Antonio Goulart (PMDB), prevê a pintura dos telhados de casas na cor branca, de modo a reduzir os efeitos do aquecimento global.

"O principal benefício está na redução no gasto de energia para o resfriamento dos imóveis, pois a cor branca reflete mais luz solar e absorve menos calor. A maioria dos telhados é de cor escura e emite somente 20% da luz do sol", explicou o autor do projeto, que foi aprovado em primeira votação na Câmara Municipal de São Paulo em novembro de 2010, mas depende da segunda votação para proceder com a sanção da Lei.

De acordo com Goulart, a solução pode ser aplicada em qualquer tipo de construção, desde casas particulares e escolas até prédios residenciais e comerciais. A proposta do vereador baseia-se na campanha One Degree Less, lançada no Brasil, que têm como principal objetivo a diminuição de um grau Celsius da temperatura do planeta. Esta ação trata de um programa criado pela organização Green Building Council Brasil.

Segundo pesquisadores da Lawrence Berklay Laboratory, da Califórnia, nos Estados Unidos, o monitoramento de 10 edifícios, nesta cidade e na Flórida, apontou que o uso dos telhados frios poupa para moradores e proprietários, de 20% a 70% do uso de energia gasta com resfriamento. 
"Os telhados pintados de branco, ou de outra cor clara, possuem reflexão de 60% ou mais. Com isso, os efeitos de incidência solar diminuiriam. Cada 100 metros quadrados pintados, compensariam 10 toneladas de emissão de CO2. 
Se em 20 anos todas as coberturas forem pintadas, teremos o efeito de tirar metade dos carros que rodam em todo o mundo a cada ano deste programa", destacou Goulart, baseado na pesquisa.

"O principal benefício está na redução no gasto de energia para o resfriamento dos imóveis, pois a cor branca reflete mais luz solar e absorve menos calor. A maioria dos telhados é de cor escura e reflete somente 20% da luz do sol", diz vereador

No Rio de Janeiro, a Assembleia Legislativa aprovou projeto que prevê a implantação de telhados pintados de branco nas novas habitações a serem construídas pela Companhia  Estadual de Habitação (CEHAB-RJ). No entanto, o projeto foi vetado pelo governador Sérgio Cabral e será apreciado pelo Plenário, que é soberano, podendo ser derrubado. O autor do projeto, o deputado Luiz Paulo (PSDB-RJ), destaca que os telhados brancos estão ligados diretamente à redução do gasto com energia e à queda da temperatura ambiente.

O deputado do Rio de Janeiro contou que o projeto beneficiará não só os setores da economia interessados na redução do consumo de energia elétrica, mas também ambientalistas e setores como arquitetura e engenharia. "A cor branca reflete mais luz e absorve menos calor solar. Sendo assim, naturalmente, com os ambientes mais frescos, as pessoas podem reduzir o uso do ar condicionado e do ventilador, fato relevante em países quentes como o nosso e cuja matriz energética é composta, em sua maior proporção, de fontes hídricas", explicou.

Roberto Lamberts, da UFSC, alerta sobre a importância de se analisar a durabilidade das tintas com a ação do tempo, sobretudo pelo escurecimento dos telhados e, consequentemente, com eficiência energética reduzida. "Estamos medindo a absortância na hora de etiquetar os edifícios. Mas a degradação é uma ponderação importante. Vamos ter que partir para uma regulamentação de materiais que envolvam a análise da degradação com o tempo", observou. Ele explicou que esse problema é bastante sério e ocorre, principalmente, em locais com climas mais úmidos, como Belém (PA).

Lamberts ressaltou que os telhados brancos, assim como os verdes, têm efeito positivo para a economia de energia elétrica. Ele lembrou que no projeto Casa Eficiente, a Eletrobras Eletrosul obteve bons resultados de redução no consumo de energia com a utilização desse tipo de telhado. "Precisamos nos preocupar em ter tetos mais frios, para minimizar o micro clima da cidade. Mas tanto o verde quanto o branco são soluções interessantes", avaliou.

"Temos que evoluir na certificação dos produtos brancos de baixa absortância em termos de se prevenir contra a degradação com o micro clima. Eles são mais importantes em superfícies impermeáveis do que superfícies que absorvam água (como teto verde e telha cerâmica). Não dá para aprovar lei que obrigue todo mundo a ter teto branco", afirmou Lamberts.
 

ISO 50.001 certificará indústrias em desempenho energético

Será lançada neste segundo semestre a nova ISO 50.001, que certificará empresas que adotarem políticas de sustentabilidade no uso adequado da energia e na promoção da eficiência energética.

 
A demanda por uma norma internacional que apontasse diretrizes para o consumo consciente de energia surgiu em 2007 por meio de uma iniciativa do Brasil e EUA para desenvolvimento de um texto internacional, ideia compartilhada pela ISO. A partir daí, os dois países assumiram em conjunto a secretaria do ISO PC242, órgão que coordena os trabalhos internacionais para elaboração da ISO 50.001.

O Procobre Brasil foi uma das entidades que colaboraram na elaboração da ISO com foco na melhoria contínua do desempenho energético das organizações. “O desempenho está baseado em três pontos específicos: uso (aspecto qualitativo da energia, que inclui também aspectos de comportamento humano entre outros), quantidade (aspecto quantitativo da energia, focando o consumo e sua redução) e eficiência energética (aspecto tecnológico e vinculado ao balanço entre os recursos energéticos despendidos e os resultados obtidos num determinado processo)”, explica Alberto Fossa, consultor do Procobre, coordenador da Comissão de Gestão da Energia da ABNT e chefe da Delegação Brasileira no ISO PC 242.

Outra meta da norma é garantir disponibilidade de suprimento de energia, aumentando a competitividade e contribuindo para reduzir o impacto das mudanças climáticas. A melhoria contínua do desempenho energético levará à diminuição do consumo global de energia.

Segundo Fossa, a publicação está em processo de consulta internacional do FDIS (Final Draft of International Standard). “Esse é o último estágio do processo. Em paralelo, o Brasil já está com o seu texto em português pronto, que também se encontra em consulta nacional. Os dois textos devem ser publicados simultaneamente”, explica.

O ICA International Copper Association – instituição da qual o Procobre faz parte – possui um grupo de trabalho para coordenar todas as atividades relativas à ISO 50001, incluindo apoio técnico e consultoria a outros centros de promoção de cobre existentes ao redor do mundo, especialmente àqueles localizados na Bélgica, China e Índia. Além disso, iniciativas como esta tem sido apoiadas pelo ICA em países como Chile, Perú e México, por meio do Programa de Energia Elétrica Sustentável. Este programa tem como objetivo otimizar o uso do cobre nos sistemas elétricos para impulsionar a eficiência energética, a proteção ao meio ambiente, a segurança e a confiabilidade durante a geração, transmissão e distribuição da energia elétrica.

A ISO 50.001 vem contribuir com o Plano Nacional de Energia 2030 (PNE), que considera a eficiência energética como um fator fundamental para equacionamento do suprimento nos próximos anos. O Pnef (Plano Nacional de Eficiência Energética) também está em elaboração e cita explicitamente a ISO 50.001 como uma ferramenta importante na disseminação dos conceitos de eficiência energética no país.

O Plano Nacional de Eficiência Energética apresenta também propostas de políticas a serem implementadas, particularmente no setor industrial, como incentivos fiscais para modernização e eficiência energética; compulsoriedade de eficiência energética vinculada à concessão de financiamentos; certificados de redução de consumo e estabelecimento de índices de eficiência de referência para os setores da indústria.

Para a indústria e consumidores, a nova ISO será um motivador para aumento do uso de produtos eficientes, como os motores elétricos que são identificados com o selo do Procel. “Prevemos que a grande maioria das empresas adotará a ISO 50.001 como forma de demonstrar ao mercado seu compromisso com a sustentabilidade. A sociedade encontra-se mais sensibilizada com o tema das alterações climáticas e têm identificado de forma mais contundente diferenças entre empresas responsáveis e não responsáveis”, comenta o consultor. 
 

Você sabe o que é Greenwashing?

por Oscar Neto
O boom do conceito de desenvolvimento sustentável em todo o mundo alertou a sociedade como um todo para a importância e necessidade de contribuirmos com o meio ambiente. 

No entanto, muitas empresas atualmente se promovem (ou tentam se promover) ao usarem a responsabilidade socioambiental e a sustentabilidade como bandeira, embora pouco ou nada façam nesse sentido. O nome desse comportamento? Greenwashing.

É entendida como greenwashing, ou “maquiagem verde”, a falsa publicidade ambiental. Por exemplo: o volume de produtos que contém, em seu rótulo, frases alusivas a qualidades ecológicas que muitas vezes não podem ser comprovadas na prática ou revelam-se insuficientes para a completa compreensão do consumidor.

Quando são simplesmente lançadas e isoladas ao consumidor, expressões do tipo “produto amigo do ambiente”, “qualidade verde”, “100% natural”, “colabora com um planeta sustentável”, e assim por diante, violam o seu direito à informação, ao desrespeitarem os princípios que circundam esse direito, como a veracidade, a transparência, a objetividade e a clareza.

Uma companhia que pratica o greenwashing costuma mascarar uma realidade nada ecologicamente correta para ganhar a confiança e simpatia dos consumidores sem fazer muito esforço (investir em sustentabilidade), no sentido de melhorar sua imagem institucional.

A sociedade canadense de consultoria em marketing ambiental TerraChoice Environmental Marketing, identificou algumas práticas que caracterizam o greenwashing e que, segundo estudo publicado em outubro de 2010, estão presentes em pelo menos 95% dos produtos domésticos norte-americanos e canadenses. São exemplos:

Referências a qualidades falsas;

Ausência de provas sobre os dados informados;

Utilização de informações genéricas excessivas, irrelevantes, ambíguas e contraditórias ou que escondam características prejudiciais ao ambiente em outras benéficas sem uma avaliação do ciclo de vida completo do produto;
 
Rótulos que transmitem a falsa impressão do produto ter sido objeto de certificação ambiental.


Para não serem rotuladas de greenwashing, as empresas devem ficar atentas ao conteúdo de suas campanhas publicitárias, investirem, de fato, em sustentabilidade e tomar alguns cuidados:

Conhecer profundamente os princípios e ações para que se alcance o desenvolvimento sustentável;
 
Fazer uma profunda e sincera avaliação dos impactos socio-ambientais da sua empresa, produtos ou serviços;
 
Garantir a real sustentabilidade em todos os aspectos, como os impactos causados na produção, distribuição e disposição dos produtos;
 
Fiscalizar constantemente as ações de sustentabilidade que sua empresa promete.


Greenwashing nos tribunais

Para combater a prática do greenwashing, a agência reguladora do mercado nos Estados Unidos, Federal Trade Comission, editou diretrizes (atualizadas em outubro de 2010) no caso específico da publicidade verde, para a interpretação das normas referentes às práticas comerciais desleais face ao consumidor, contendo o real significado que expressões alusivas às melhorias ambientais devem conter. Decisões administrativas nesse sentido criaram termos de ajustamento de conduta para empresas que desrespeitaram essas diretrizes no exercício de seu direito de publicidade.

Na França, por sua vez, o Tribunal de Lyon e a Câmara Criminal da Corte de Cassação condenaram a empresa Monsanto, que anunciava no rótulo de um herbicida que sua produção era a de um produto “biodegradável”, que “respeita o ambiente”, é “limpo”, “eficaz e seguro ao ambiente”, a despeito da presença do elemento químico glifosato, nocivo à saúde humana e ao meio ambiente como um todo.

A advogada e mestre em Direito Constitucional Manuela Prado Leitão acredita que ações semelhantes deverão ser adotadas em breve pelo Judiciário brasileiro. “A tendência é que cada vez mais esse assunto se torne presente na pauta de julgamento dos tribunais no mundo todo, como resultado da crescente conscientização dos consumidores com comportamentos sustentáveis”, acrescentou em artigo para o Instituto Akatu.

Aquelas empresas realmente interessadas em contribuir com a sustentabilidade do meio ambiente onde atuam podem obter mais informações em documentos com o Greenwash Guide, o Eco-promising e o The “Six Sins of GreenwashingTM”, que explicam como se caracteriza o greenwashing e trazem recomendações práticas do que não se deve fazer ou comunicar a fim de evitá-lo.

Fonte: ecodesenvolvimento.org.br

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Alcoa mobiliza funcionários em mutirão ecológico global

Programa Semanas Verdes promove uma série de ações para engajar os funcionários da companhia com o intuito de estimular a consciência para a questão ambiental.


 
 
A Alcoa e a Alcoa Foundation promovem até 21 de junho o programa Semanas Verdes, iniciativa inédita e global da companhia que tem como objetivo conscientizar os funcionários para as metas ambientais de redução, reciclagem e revitalização. Por meio de uma intensa programação, a empresa pretende que milhares de seus funcionários intensifiquem sua participação voluntária em ações ambientais. No Brasil estão previstas cerca de 50 atividades e a participação de três mil funcionários das unidades da empresa no País.

“A sustentabilidade é o coração de tudo o que fazemos na Alcoa”, conta Paula Davis, presidente da Alcoa Foundation. “O programa Semanas Verdes pretende mobilizar funcionários e familiares para deixarem sua comunidade mais verde e torná-los numa espécie de embaixadores ambientais”.

Uma das iniciativas programadas mundialmente pela Alcoa Foundation inclui a participação de filhos dos funcionários da Alcoa com até 17 anos. O concurso pretende estimular a criatividade de crianças e jovens para criarem desenhos e maquetes que representem como será o meio ambiente no futuro. As oito melhores ideias serão premiadas com um valor equivalente em reais de US$ 5 mil e doadas a escolas públicas escolhidas pelos ganhadores do concurso.

Programação intensa -Além do concurso cultural, há uma série de atividades programadas em todas as unidades da Alcoa no Brasil. No escritório central, em São Paulo (SP), estão agendadas palestras, doações de mudas e exibição do filme Wall-e a um grupo de crianças de uma instituição apoiada pela empresa.

A educação ambiental e participação da comunidade estarão contempladas nas campanhas do Consórcio Alumar, em São Luís (MA). Ainda acontecem oficinas de integração e atividades com funcionários e familiares.

A unidade de Poços de Caldas (MG) programa atividades para os funcionários, estagiários, terceiros, familiares e comunidade. Estão previstas campanhas de coleta de latinhas e de pilhas, visitas ao parque ambiental da unidade, oficina de hortas em casa e apartamentos, plantio de árvores, entre outros.

Um concurso de fotografias será um dos temas abordados em Itapissuma (PE). Estão previstas também a implementação de um programa de coleta seletiva em uma escola municipal, atividades educativas e outras ações de conscientização.

Em Tubarão (SC) haverá curso de reciclagem de garrafas PET, distribuição de mudas de árvore e ação voluntária de estagiários.

Nos municípios paulistas de Sorocaba e Santo André estão agendadas palestras, plantio de mudas de árvores e atividades ambientais, além de uma apresentação teatral dos funcionários de Santo André abordando o tema reduzir, reciclar e renovar o meio ambiente.

Em Juruti (PA) o meio ambiente será retratado nas telas. Está programada mostra audiovisual ambiental, com vídeos de produções profissionais e independentes. Além deste programa, ainda acontecem um painel socioambiental, plantio de mudas de árvores, entre outras.

O Programa Semanas Verdes - iniciativa voluntária dos funcionários da Alcoa, foi criado e estruturado para o desenvolvimento de ações ambientais, com recursos da ordem de US$ 7 milhões, custeados pela Alcoa Foundation. Desde 2008 a Alcoa investiu US$ 23 milhões em organizações ambientais, como a World Wildlife Fund, World Resources Institute, Conservation International, Global ReLeaf e a The Nature Conservancy.

A Alcoa Foudation é uma das maiores fundações corporativas nos Estados Unidos, com ativos de cerca de US$ 420 milhões. Além contribuir com projetos sociais nas comunidades onde a Alcoa possui unidades, a Alcoa Foundation está focada na promoção da gestão ambiental, sustentabilidade econômica e social, e na preparação dos líderes de amanhã.

A entidade foi criada em 1952 e investiu mais de US$ 515 milhões ao redor do mundo. Os funcionários da Alcoa também são parte de sua energia que, com paixão e propósito de fazer a diferença em suas comunidades, por meio do Programa de Voluntários, registraram em 2010 cerca de 650 mil horas de serviços comunitários em nove mil organizações sociais. No Brasil, desde 1995, juntamente com o Instituto Alcoa, foram investidos cerca de R$ 96 milhões em mais de 1900 projetos, beneficiando 39 cidades brasileiras e totalizando mais de 1,3 milhão de horas de trabalho voluntário.

Perfil-A Alcoa Alumínio S.A. é subsidiária da Alcoa Inc, líder mundial na produção de alumínio primário, alumínio transformado e alumina. Com atuação em 31 países, a Alcoa Inc possui 59 mil funcionários e integra pela nona vez consecutiva o Índice Dow Jones de Sustentabilidade. Presente na América Latina e Caribe desde o final da década de 50, conta com cerca de sete mil funcionários na região e possui operações no Brasil, Jamaica e Suriname.

No Brasil a companhia atua em toda a cadeia produtiva do alumínio, desde a mineração da bauxita até a produção de transformados. 
 
A Alcoa possui sete unidades produtivas e três escritórios distribuídos no Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal. 
 
A empresa possui ainda participação acionária em quatro usinas hidrelétricas: Machadinho e Barra Grande na divisa dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul; Serra do Facão em Goiás; e Estreito, entre o Maranhão e Tocantins. 
 
Em 2010 a Alcoa registrou faturamento de US$ 1,6 bilhão no Brasil e foi eleita Empresa Sustentável do Ano pelo Guia Exame de Sustentabilidade.

Empresa: www.alcoa.com.br

Fonte: Revista Fator

Coffree – embalagem de café solúvel que vira copinho


Coffree é uma embalagem conceitual, multifuncional, de café solúvel desenvolvida pelos designers Young-an Seok, Young-woo Choi & Se-ryung Nam.

O café é um dos produtos mais mais sensíveis a cheiro e umidade, por isso necessita de embalagens com uma ótima barreira para esses elementos. Se o consumo de café solúvel é frequente, a embalagem de vidro é o ideal. Não existe barreira melhor e ainda é reutilizável. E depois é só usar xícara de louça.

Mas em um escritório, ou quando está na rua, e o café nem sempre é da melhor qualidade, a opção é o café solúvel embalado individualmente, o que gera um grande volume de resíduo. Para essas situação que Cofree pode ser interessante.


Quando fechada ela ocupa pouco espaço podendo ser facilmente transportada e guardada, sendo selada para não entrar umidade. Após aberta, por causa da forma em que é dobrada, ela se transforma em um copo.

É só acrescentar água e pronto. Assim evita o o descarte de mais um material que seria do copinho de plástico ou isopor. E o lacre ainda serve como pazinha para mexer o café.

Fonte:

Sistema de Modelagem espanhol será adaptado para gestão costeira do Brasil

Carine Corrêa, do Ministério do Meio Ambiente

Stuart Gibson Photographer www.stugibson.net

O Sistema de Modelagem Costeira (SMC), desenvolvido na Espanha, será adaptado para o gerenciamento dos cerca de 8 mil quilômetros da costa brasileira. O Ministério do Meio Ambiente vai usar a ferramenta na busca de soluções para prevenir e reduzir o impacto das mudanças climáticas sobre as populações de regiões litorâneas.

Mais de 140 milhões de brasileiros vivem nas 16 metrópoles na região e boa parte já começa a sentir os efeitos da erosão provocada pelo avanço do mar. O bioma é um dos mais vulneráveis aos efeitos do aquecimento global. O desenvolvimento econômico do País agrava as pressões sobre a costa brasileira e aumenta sua vulnerabilidade a desastres naturais, como inundações.

A gerente de Zona Costeira do MMA, Leila Swerts, alertou hoje (10/06), durante seminário internacional que debate a utilização do SMC pelo Brasil, que é fundamental a adesão das instituições nacionais ao projeto. “Precisamos pensar formas de disseminação, investimentos na formação de banco de dados e na capacitação de gestores para a utilização ampla do SMC”, afirmou.

O uso pelo Brasil do SMC na costa brasileira é fruto de acordo de cooperação técnica com a Espanha. De acordo com o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural do MMA, Roberto Vizentin, o gerenciamento da costa brasileira ainda é um desafio para as políticas públicas. “Planejamento, gestão e uso sustentável da zona costeira estão muito além da nossa capacidade de adotar as medidas necessárias para enfrentar as mudanças climáticas”, afirmou. Para ele, é necessária uma ampla mobilização, com a participação direta de pesquisadores e estudiosos na produção do conhecimento que o País precisa nessa área.

Com o SMC brasileiro será possível dimensionar problemas como a erosão na costa brasileira e proteção de populações assentadas em regiões abertas com risco de inundações. O sistema é capaz de avaliar o impacto ambiental associado à exploração da indústria de petróleo. Pode, ainda, delimitar as zonas de domínio público e privado ao longo do litoral, o que permite a recuperação de espaços públicos ocupados.

Inclui bases de dados de dinâmicas marinhas, como ondas, correntes, ventos e nível do mar. Sua utilização é considerada um passo decisivo para o aprimoramento do gerenciamento costeiro brasileiro. Sistemas de modelagem são utilizados em vários países.

O Seminário Internacional SMC/Brasil: Apoio à Gestão da Costa Brasileira terminou na quarta-feira (11/05).

Fonte:Mercado Ético

“Tirem as cidades do Código Florestal”, diz geólogo


 
“Todas as polêmicas que estão se desenvolvendo em torno do projeto de alteração do Código Florestal dizem respeito ao meio rural, e em especial aos conhecidos conflitos entre o aproveitamento agrícola-pecuário do espaço rural e a preservação ambiental de certas feições geográficas desse espaço.

Obviamente torcemos todos para que as partes interessadas cheguem a um virtuoso denominador comum e o país possa contar com uma legislação de admirada qualidade. Enfim, sempre valeu a pena sonhar.

No entanto, infelizmente, essas polêmicas de caráter rural têm posto de lado, como questão menor, ou até como uma “não questão”, a enorme oportunidade de uma decisão de caráter praticamente consensual hoje, qual seja a necessidade de um tratamento legal independente para a questão florestal no espaço urbano.

O problema central é que a atual legislação, Código mais Resolução Conama 303 reguladora das APPs, não foi inspirada pela realidade urbana, sendo, por decorrência, equivocada conceitual e estruturalmente para a gestão ambiental do tão singular espaço urbano. Impossível imaginar-se uma legislação florestal válida ao mesmo tempo para a Amazônia, para os Pampas, para o litoral nordestino e para o bairro da Vila Brasilândia na Grande São Paulo.

No caso das cidades, essa incompatibilidade tem provocado um enorme número de pendências legais conflituosas entre órgãos ambientais e empreendedores urbanos públicos e privados, inviabilizando a implantação de projetos urbanísticos planejados e dotados de adequados controles ambientais, como também induzindo, especialmente em grandes conglomerados urbanos, ocupações irregulares; do que resulta um maior comprometimento dos já escassos recursos naturais e a multiplicação de áreas risco geológico.

Não será tarefa difícil chegar-se consensualmente a uma legislação ambiental urbana que consiga combinar as necessidades típicas da urbe com a preservação de espaços ambientais/florestais indispensáveis à qualidade material e espiritual do cidadão e à prevenção de tragédias de cunho geológico. A única condição para que essa “utopia” se realize está na preciosa oportunidade que repousa hoje nas mãos de nossos legisladores, qual seja a decisão de um tratamento legal diferenciado e independente entre o ambiente rural e o ambiente urbano”.

*Álvaro Rodrigues dos Santos é geólogo pela Universidade de São Paulo. Ex-diretor de Planejamento e Gestão do IPT, é autor de vários livros sobre o tema. Hoje atua como consultor em Geologia de Engenharia, Geotecnia e Meio Ambiente.